Toda vez que lia algum livro se apaixonava por uma das personagens... era uma doença degenerativa que destruía seu senso de realidade ao procurar em mulheres reais um personagem que alguém reuniu em uma coisa só... e suas mulheres ideais mudavam assim que a primeira página era substituída pela última do anterior, sabia que era algum tipo de loucura ou medo mas queria encontrar a mulher ideal assim como queria ter escrito o crime perfeito ou a piada que mata de rir e a palavra que sugestiona qualquer pessoa apenas pela constância melódica... encontrou a mulher ideal em uma história em quadrinhos infantil, mônica era a mãe da personagem principal que quase nunca aparecia mas há amava mesmo assim, até a menina imbecil passou a gostar porque amava tanto aquela mulher misteriosa... um roteirista de quadrinhos reuniu todas as coisas que mais ele amava em um personagem de celulose e tinta... nunca mais quis encontrar ninguém real porque já havia encontrado ao encomendar pelo correio a coleção inteira da série...
Nunca entendeu muito bem o funcionamento das coisas e viveu toda sua vida sobre essa óptica, sua imaginação deturpada havia o dominado já nos primeiros anos de adolescência mas nunca poderia saber como nunca ficou sabendo...
Todos os que leram aquela série de quadrinhos amaram cibele, era a reunião de todas as mulheres de um escritor que sempre amou intensamente e entendeu todas as sensações que sentiu...
cibele sempre soube do que despertava nas pessoas mas retribuía esse amor porque amava amar e ser amada como uma doença incurável... amou intensamente toda a tiragem de 745.000 exemplares como se pudesse se dividir e estar em todos os lugares e em todas as horas ...
cibele se transformou no monstro devorador de almas da nova série do autor, que resolveu tentar quadrinhos adultos e estava sem personagens para usar.
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