20110120

NARCISO INC. # 1968 o número depois de 1967

quando eu era ainda pequeno enquanto mofava na fila do hino nacional e uma galera era presa e torturada para agradar o capital e suas extravagâncias doentias, cantávamos baixinho essa canção: na terra de ninguém a bandeira do meu país é o amor e se canta as cores da terra que brotava em tudo e nos alimentava aquela que amaríamos e protegeríamos para sempre como a lembrança do primeiro caranguejo a ocupar o manguezal enquanto retorno aos valores da terra em sua forma absoluta ou seja o espiritual e o físico em sintonia e todo esse movimento foi trazendo as pessoas pra cá com suas mais diversas raízes transformando nessa coisa que hoje chamam de floresta global que é justamente a não identidade com a vontade da terra e ocorre essa dispersão com maquetes de suas casas no estrangeiro; mas veio a zeladora e confiscou a caixa de fósforo e a colher para o samba morrer, só depois veio a heroína com seus poderes de conciliação porque não havia rima

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