sempre acreditei que de longe toda música parece be bop, mas agora está tudo tão diferente e estranho com o passar dos anos, e está correto afirmar que essa coisa perigosa de acreditar em seus sentidos leva a enxergar o mundo conforme a óptica de um símbolo, de um arcano, de uma informação qualquer que absorvida transforma toda uma teia de eventos que levarão para um lugar e não para outro, estamos mais para teoria do caos e das cordas do que para a teoria do destino assim como os 102 passageiros do Mayflower saíram de Plymouth e 97 dias depois chegaram em Plymouth pensando em batatas e determinismo religioso enquanto morria Simon Stevin e nascia Edme Mariotte e para os armênios era 1069 para os saudosistas romanos era 2373 e Ninon de Lenclos nascia para mais tarde citar Montaigme, tocar alaúde e dar a buceta para uma galera e escrever alguma coisa para que todos soubessem que a buceta era dela e ela dava para quem desejasse além de ser francesa; o Mayflower virou madeira para a casa de alguém, Mary Brewster morreu em 1627 e se marido William 17 anos depois e Norther Winslow não havia nascido ainda e sequer se perdido em Spectre; quem sabe não foi o camareiro de Boemundo II príncipe de Antioquia que desencadeou tudo isso quando arrancou a unha do pé numa topada e resolveu sair menos para passear e tomar sol em 1123?
pela janela da sala pareço ouvir Hitler discursando para a juventude alemã sobre poder e glória mas sei que é aquele pastor presbiteriano que berra coisas incompreensíveis com fundo musical de pagode para os bancos da igreja porque além dele ninguém acha que Deus é surdo e de longe tudo parece ser be bop e isso pode nos afetar de algum modo.
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