Quando sua mãe perguntou-lhe quando ainda era uma criança quem ele amava mais, sua resposta foi que não amava ninguém, sua mãe e seu pai divertiram-se com sua incapacidade de expressar valores de mensuração de sentimento. Anos mais tarde da noite dos tempos como diria um escritor de revista em quadrinhos de péssima qualidade, quando já era um adolescente, insistiram na questão e a resposta foi exatamente a mesma; a mãe entrou em depressão profunda por ter falhado enquanto pessoa que espera uma recompensa por ter amado e o pai caiu em prantos para ser solidário com sua cônjuge.
Não faltaram sessões individuais e familiares com vários psiquiatras das mais diversas correntes, assim como não faltaram as mais diversas formas de expressar o enorme amor que sentiam por aquela criatura incapaz de amar.
Estava claro que nenhum dos dois entendeu que não era exatamente uma falta de amor direcionada aos seus progenitores com os joelhos gastos por genuflexões ao mundo das adequações; simplesmente nunca pode amar ninguém por não nascer com essa característica, como alguém que nasce com seis dedos em cada uma das mãos ou cabelos vermelhos e lisos. nunca se tratou de ser uma pessoa má e por isso nunca perceberam sua incapacidade de amar, foi acusado e condenado e executado pelo crime do egoísmo extremo diversas vezes por todos que o conheciam enquanto esperava por uma absolvição que de fato só ele mesmo poderia sancionar
Como se tivesse encarnado as práticas de Andreas Baader, Gudrun Ensslin, Ulrike Meinhof, Holger Meins , Jan-Carl Raspe, uma estrela vermelha e uma Heckler&Koch MP5 procurou salvar ao mundo com alguma tese sobre loucura e desapego social, que ao fim do curso não haveria mais de ser suficiente para se esconder na anestesia de um empenho integral.
Assim como seus pais, nunca entendeu como as coisas funcionam, mas sabia que poderia amar com um final sem grandes revelações e a felicidade merecida pelos personagens, seguiu esse caminho e no outro mês foi à argentina ver o jogo do boca juniors e aprender sobre grafites de protesto.
Não faltaram sessões individuais e familiares com vários psiquiatras das mais diversas correntes, assim como não faltaram as mais diversas formas de expressar o enorme amor que sentiam por aquela criatura incapaz de amar.
Estava claro que nenhum dos dois entendeu que não era exatamente uma falta de amor direcionada aos seus progenitores com os joelhos gastos por genuflexões ao mundo das adequações; simplesmente nunca pode amar ninguém por não nascer com essa característica, como alguém que nasce com seis dedos em cada uma das mãos ou cabelos vermelhos e lisos. nunca se tratou de ser uma pessoa má e por isso nunca perceberam sua incapacidade de amar, foi acusado e condenado e executado pelo crime do egoísmo extremo diversas vezes por todos que o conheciam enquanto esperava por uma absolvição que de fato só ele mesmo poderia sancionar
Como se tivesse encarnado as práticas de Andreas Baader, Gudrun Ensslin, Ulrike Meinhof, Holger Meins , Jan-Carl Raspe, uma estrela vermelha e uma Heckler&Koch MP5 procurou salvar ao mundo com alguma tese sobre loucura e desapego social, que ao fim do curso não haveria mais de ser suficiente para se esconder na anestesia de um empenho integral.
Assim como seus pais, nunca entendeu como as coisas funcionam, mas sabia que poderia amar com um final sem grandes revelações e a felicidade merecida pelos personagens, seguiu esse caminho e no outro mês foi à argentina ver o jogo do boca juniors e aprender sobre grafites de protesto.
buuuu!
ResponderExcluirolá,fenix!
ResponderExcluirrealmente é assustador algumas coisas que vemos... como os fantasmas de dentro das pessoas!
grande beijo!
todos temos nossos fantasmas...vivem nos assombrando e assustamos quem nos rodeia....
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