20101021

NARCISO INC. sobre vícios, virtudes e as vicissitudes da vida

os caras entregavam uns aos outros sem ganhar absolutamente nada,  os caras ainda falavam: se você quiser uma identidade nova é só dizer que me conhece e nem pega fila; quer dizer, os caras nunca cometeram crime algum, nem pecado os caras tinham como cometer, também porque para sua concepção naquele momento não cabia esse conceito e esse discurso vazio do direito a propriedade, mas é tudo romantismo as pessoas vão se aperfeiçoando e se tornando um lixo. eu gosto muito de voltar para casa e usar o meu vaso sanitário e ter aquela sensação de segurança em abrir uma porta e encontrar uma garrafa de álcool para desinfectar a tampa do assento ou mesmo dormir e ter sonhos incríveis com paredões que se movimentam ao sabor do vento enquanto uma das cocorosies não sabe o que pensar a respeito disso tudo quando os mortos começam a aparecer na sua cozinha sugerindo que voce faça uma sopa de aspargos verdes; mas voce gosta da liberdade e de poder dormir em camas de hotel e nunca precisar apertar um gatilho nem por diversão mundana, voce acaba se vendo como um pagão que de modo algum vai se esquecer de quem é realmente; então algum morto que voce nem conheceu direito fica tagarelando que salmão com alcaparras é muito óbvio e que voce não tem mais a mesma criatividade, além de não respeitar as criaturas marinhas em sua busca por equilibrar as forças naturais e essas coisas que voce nem pediu para ser abreviado pela necessidade de algumas pessoas de diferenciarem-se das outras, como norte americanos querendo provar para o mundo que deixaram de ser colonos mas aquele sotaque de gangue não permitiria nunca. voce sabe muito bem que o caos tomou conta de sua vida e que qualquer mudança é mais um paliativo e você não pode morrer porque precisa estar na potsdamer platz ou se impressionar com outra coisa qualquer.

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