vou ter uma vida toda para ser todas as coisas e estar em todos os lugares eu dizia enquanto vislumbrava minha vida alface crespa em uma colônia qualquer da grande escuridão com seus infinitos labirintos e bares com balcão e era tudo algo que havia passado há muito e a memória pretendia apagar para dar espaço a outras formas-coisas-lugares; ainda me perguntavam: e o seu corpo, dura para sempre? neste instante eu olhava fixo para a estrada e as faixas reflexivas e se me parecia que o trânsito fazia piada da realidade, mas eu ainda naquela época respondia qualquer teoria para que as pessoas entendessem qualquer coisa que elas mesmas permitiam compreender então a partir de agora vocês só se dirijam a mim por capitão virgulino ou apenas lampião para não ser tão formal
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