a primeira conversa sobre amor
ATO II CENA VII
- estava escrevendo umas coisas quando de repente tudo virou uma carnificina de letras mas é porque eu te amo, está bem eu amo quase todo mundo! e daí? todo o universo trabalhou duro para colocar nóis dois neste mesmo evento, para que desperdiçar tanto trabalho?
- você não pode falar comigo assim! também sou uma pessoa e um igual
- caralho, então vai trabalhar! ( vão trabalhar em tudo só para descobrir que trabalhar é uma bosta) mas depois não venha com esse discurso que não há amor no mundo
- porque tudo para você gira ao entorno do amor... você nem gosta tanto de turn me on
- o que você não consegue perceber ainda é que é o amor que nos move porque o resto é só amizade e voce gosta das coisas que duram e toda aquela tonalidade azul e a música
- acho que voce esqueceu que tem que trabalhar também
- acho que voce só está deprimida por sentir culpa de amar tanto e acaba achando na perspectiva do trabalho um paliativo
- esse é o seu presente?
- uma dádiva eu diria, meu superpoder de clonagem instantânea garante que eu não tenha nenhum problema moral com o trabalho, não preciso gerenciar isso mais
- porque voces só pensam em dominar?
- não é o domínio pelo domínio, é a posição que é mais confortável e as pessoas gostam daquela luz azul
mas o céu também é azul e qualquer um pode tocar
- voce sabe o que é poder dormir no espaço e sentir todas as coisas passar através de voce e voce só pega o que quer. nem mesmo dormir no mar chega perto de dormir no céu... e voce tem que respirar e ainda tem aquele limo nas pedras uma falta de cuidado muito grande
- não tinha um sinal de interrogação naquela frase?
- só estou curando o vício das pessoas com meu escudo invisível mas voce está salva dentro do meu campo de força pessoal e eu vou te abraçar e te beijar e ficar na praia jogando truco
- caralho como você é mentiroso vai dizer o que agora? que te encontrei e vou te levar para o meu planeta
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